O vocábulo farol deriva da palavra grega Faros, nome da ilha próxima à cidade de Alexandria onde, no ano 280 a.C., foi erigido o farol de Alexandria — uma das sete maravilhas do mundo antigo. Faros deu origem a esta denominação em várias línguas românicas – como em francês (phare), em espanhol e italiano (faro), em romeno (far) e em português (farol).
Os faróis são elos de ligação entre a terra e o mar.
Companheiros luminosos e nalguns casos sonoros de pescadores, marinheiros, navegadores de recreio, contrabandistas...
habituámo-nos a ver os seus relâmpagos tentarem sobrepor-se às tempestades da costa sul e sudoeste.
Ali há terra, promessa de abrigo, mas também perigo de encalhe.
Quem faz vida do mar conhece os seus códigos - luz fixa, relâmpagos ou cintilação têm significados precisos.
As primeiras formas de sinalização marítima luminosa que o homem utilizou foram as fogueiras. Estas eram utilizadas para assinalar perigos, ou a praia que constituía o porto seguro.
Naturalmente os sistemas iluminantes utilizados em sinalização marítima evoluíram a par da iluminação pública, tendo passado pelas tochas, velas, lamparinas de azeite, candeeiros de torcidas a azeite e mais tarde a petróleo, etc..
A necessidade de se atingirem maiores distâncias obrigou à utilização de fontes de luz mais potentes. Os candeeiros de torcidas chegaram a ter seis torcidas concêntricas. Chegou-se ao limite do poder iluminante de uma fonte de luz isolada, pelo que, o engenho do homem tinha que solucionar o problema do alcance dos faróis.
A primeira ideia que se aplicou consistiu em colocar um espelho reflector por trás da luz (1532). Em 1757 são feitos ensaios por Norberg, que coloca um reflector parabólico por trás de uma lamparina, com muito bons resultados em alcance, passando a colocar-se várias lamparinas para cobrir todo o horizonte. Houve faróis com 16 candeeiros. Em 1752 foram utilizadas, pela primeira vez, lentes para refractar os raios luminosos provenientes de uma fonte, concentrando-os num feixe. Tratava-se de uma lente plano-convexa colocada à frente de um candeeiro.
Definindo faróis - sentinelas do mar
FAROL - Estrutura na qual está colocada uma luz, de alcance luminoso normalmente superior a 15 milhas marítimas que pelas suas características especiais, serve de ajuda a toda a navegação marítima, quer de dia quer de noite.
Alguns faróis em dias de nevoeiro emitem sinal sonoro para aviso à navegação
Alguns faróis em dias de nevoeiro emitem sinal sonoro para aviso à navegação
FAROLIM - Estrutura menos notável que a de um farol, na qual está montada uma luz de alcance normalmente inferior a 15 milhas. Muitas vezes, um farolim nem estrutura tem, pois a luz pode ser montada conforme as conveniências e os meios que se dispõe, numa parede de um edifício, em muros, postes , etc.
Faróis do Algarve - São Vicente, Ponta da Piedade, Ponta do Altar, Alfanzina,
Farol de Vilamoura, Farol de Santa Maria (Faro/Olhão) e Vila Real de Santo António
Farol de Vilamoura, Farol de Santa Maria (Faro/Olhão) e Vila Real de Santo António
Em Portugal, o serviço de faróis começou por estar disperso por confrarias de marítimos e conventos, mas foi em 1758, por alvará pombalino que os faróis passaram a ser uma organização oficial, atribuída à Junta do Comércio.
Este alvará manda construir seis faróis, sendo o primeiro o de Nª. Srª da Guia (1761) e só em 1835 já na dependência do Ministério da Fazenda, é autorizada a construção de mais cinco, entre eles o de São Vicente que veio a concretizar-se em 1846. O serviço passa pelas Obras Públicas, pela Direcção Geral dos Correios, Telégrafos e Faróis e, finalmente em 1892 passa para a Marinha, sendo em 1927 entregue à Direcção de Faróis, órgão da Direcção Geral da Autoridade Marítima.
Faróis da Costa Algarvia
Vila do Bispo - Farol da Fortaleza de Sagres
Lagos - Farol da Ponta da Piedade
Lagoa - Farol da Ponta do Altar
Carvoeiro - Farol de Alfanzina
Albufeira - Farol da Marina de Vilamoura
Farol de Vilamoura
Faro - Farol de Santa Maria (Ilha da Culatra) (Olhão)
Vila Real de Santo António - Farol de Vila Real de Santo António
Visitas guiadas pelos respectivos faroleiros
Quartas feiras (3 visitas)
Cabo de São Vicente, Ponta da Piedade, Ponta do Altar, Alfanzina, Santa Maria e Vila Real de Santo António
Horário:
- no inverno das 13h30 às 16h30 (última subida à torre às 16h00)
- no verão das 14h00 às 17h00 (última subida à torre às 16h30)
56 Continete açores (35) e madeira (15)
No total, entre o continente e ilhas, são 56
Cabo de S. Vicente
Fortaleza de Sagres Ponta da Piedade
Ponta do Altar
S. Maria
V. R. S. António
----------------------
Esta iniciativa, que começou em 2011, permite ao público visitar a mítica torre do Farol e observar o mar de uma perspetiva única, em três visitas guiadas pelos respetivos faroleiros, agora com os seguintes horários:
- no inverno das 13h30 às 16h30 (última subida à torre às 16h00)
- no verão das 14h00 às 17h00 (última subida à torre às 16h30)
As visitas a faróis, tal como ocorria anteriormente, podem continuar a ter lugar fora das datas e horários agora definidos, carecendo no entanto de autorização prévia.
----------------------
Farol do Cabo de São Vicente — Vila do Bispo
http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldoCabodeSVicente.aspx
http://www.faroisdeportugal.com/index.php/farois/farol-do-cabo-de-sao-vicente#.WSdTvWjyvIU
Ponta de Sagres
http://www.faroisdeportugal.com/index.php/farois/farol-de-sagres#.WSdU2GjyvIU
Farol da Ponta da Piedade — Lagos http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldaPontadaPiedade.aspx
Farol de Alfanzina — Cabo Carvoeiro http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldeAlfanzina.aspx
Farol de Santa Maria http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldeSMaria.aspx
Farol de Vila Real de Santo António
Ponta do Altar - Farol de Ferragudo http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldaPontadoAltar.aspx
Fuzeta
Culatra
Farol do Cabo de São Vicente
ou de
D. Fernando
Farol da Ponta da Piedade - Lagos
LOCALIZAÇÃO: Na Ponta da Piedade
FUNÇÃO: Costeiro
ESTABELECIMENTO: 1913
LATITUDE: 37º 04',91 N
LONGITUDE: 08º 40',08 W
ALTURA: 5 M
ALTITUDE: 51 M
ALCANCE: 20 MILHAS
A construção do Farol da Ponta da Piedade não foi nada pacífico
O Plano Geral de Alumiamento e Balizagem aprovado em 1883, considerava já a instalação de uma luz de porto na Ponta da Piedade.
Despacho de 30 de Dezembro de 1911 da 1ª Repartição da Direção Geral dos Eclesiásticos, publicada no Diário do Governo nº 10 de 12 de janeiro de 1912, referia:
«Nos termos do artigo 90 do decreto com força de lei de 20 de Abril último, cedida com as suas dependências, ao Ministério da Marinha, a antiga e arruinada ermida de N.S. da Piedade, afim de ali ser construído um farol de rotação».
O processo continua a não ser pacífico pois a Junta da Paróquia de Santa Maria de Lagos era contra a demolição da ermida.
Tomada posse da ermida e adquirido o terreno anexo iniciou-se a construção do farol que entrou em funcionamento em 1 de Julho de 1913
Farol da Ponta do Altar - Lagoa - Ferragudo
LOCALIZAÇÃO: Na Ponta do Altar
FUNÇÃO: Costeiro
ESTABELECIMENTO: 1893
LATITUDE: 37º 06',42 N
LONGITUDE: 08º 31',09 W
ALTURA: 10 m
ALTITUDE: 32 m
ALCANCE: 16 MI (29,5KM)
Farol de Alfanzina - Lagoa - Carvoeiro
LOCALIZAÇÃO: No Cabo Carvoeiro, Concelho de Lagoa
FUNÇÃO: Costeiro
ESTABELECIMENTO: 1920
LATITUDE: 37º 05',28 N
LONGITUDE: 08º 26',47 W
ALTURA: 23 m
ALTITUDE: 63 m
ALCANCE: 29 MI (53,5 Km)
Entrou em funcionamento em 1 de Dezembro de 1920
Foi electrificado através de grupos electrogéneos em 1950, passando a ter como fonte luminosa uma lâmpada de incandescência eléctrica.
Em 1952 foi construída uma casa de habitação, fazendo-se o aproveitamento da casa do forno já existente, obra que se tornava urgente e indispensável visto estarem as famílias de dois faroleiros a habitarem a mesma residência.
Farol de Vilamoura - Loulé - Quarteira
Localização Torre de controlo do edifício da Marina
Estabelecimento - 1981
Altura da torre - 16 m
Estrutura - Torre laranja
Latitude - 37º04'.38
Longitude - 8º.07'.31
Alcance - 19 mulhas
O “FAROL DE VILAMOURA”, a que teimosamente, alguns chamam de “farolim”, situa-se na Marina de Vilamoura, na cidade da Quarteira, no concelho algarvio de Loulé.
Farol de Santa Maria - Faro
Farol de Vila Real de Santo António
Foi automatizado em 1989 com o sistema modelo D.F.
LOCALIZAÇÃO: Vila Real Santo António
FUNÇÃO: Costeiro
ESTABELECIMENTO: 1923
LATITUDE: – 37º 11',29 N
LONGITUDE: – 07º 24',89 W
ALTURA: 46 m O Plano Geral de Alumiamento da Costa de Portugal, datado de 1866, da autoria do capitão-de-fragata Francisco Maria Pereira da Silva, Inspector-geral de Faróis, previa já a instalação de um farol na margem direita do Guadiana, junto à foz.
A memória descritiva deste farol data de 1 de Abril de 1884, iniciando-se a sua construção em 1916.
Entrou em funcionamento em 23 de Janeiro de 1923. Foi-lhe instalado um aparelho lenticular de Fresnel de 3ª ordem, grande modelo (500mm distância focal), cuja rotação era produzida pela máquina de relojoaria e tinha como fonte luminosa a incandescência pelo vapor de petróleo.
Em 1927 foi electrificado através da montagem de grupo motor gerador, funcionando a petróleo. A fonte luminosa passou a ser uma lâmpada de 3000 watts.
Foi ligado à rede eléctrica de distribuição pública em 1947. Na rotação do aparelho a máquina de relojoaria deu lugar aos motores eléctricos.
Em 1957 foi-lhe instalado um elevador para acesso à torre, tendo em 1960 sido substituídos os geradores de corrente contínua por alternadores.
Em 1983 a potência da lâmpada foi reduzida para 1000 watts.
Foi automatizado em 1989 com o sistema modelo D.F.
ALTITUDE: 52 m
ALCANCE: 26 MI (48Km)
Farol de VRSA -- gravura antiga
Para ver mais
Farol de Vila Real de Santo António
Mapa de Farolins do Algarve
Faro - Farol de Santa Maria (Ilha da Culatra) (Olhão)
Vila Real de Santo António - Farol de Vila Real de Santo António
Visitas guiadas pelos respectivos faroleiros
Quartas feiras (3 visitas)
Cabo de São Vicente, Ponta da Piedade, Ponta do Altar, Alfanzina, Santa Maria e Vila Real de Santo António
Horário:
- no inverno das 13h30 às 16h30 (última subida à torre às 16h00)
- no verão das 14h00 às 17h00 (última subida à torre às 16h30)
56 Continete açores (35) e madeira (15)
No total, entre o continente e ilhas, são 56
- 50 faróis
- 338 farolins
Continente
AlfanzinaCabo de S. Vicente
Fortaleza de Sagres Ponta da Piedade
Ponta do Altar
S. Maria
V. R. S. António
----------------------
Esta iniciativa, que começou em 2011, permite ao público visitar a mítica torre do Farol e observar o mar de uma perspetiva única, em três visitas guiadas pelos respetivos faroleiros, agora com os seguintes horários:
- no inverno das 13h30 às 16h30 (última subida à torre às 16h00)
- no verão das 14h00 às 17h00 (última subida à torre às 16h30)
Os faróis abertos semanalmente a visitas são:
- No Continente, os Faróis de: Montedor, Aveiro, Leça, Cabo Mondego, Penedo da Saudade, Cabo Carvoeiro, Berlenga, Cabo da Roca, Cabo Espichel, Sines, Cabo Sardão, Cabo de São Vicente, Ponta da Piedade, Ponta do Altar, Alfazina, Santa Maria e Vila Real de Santo António;
- No Continente, os Faróis de: Montedor, Aveiro, Leça, Cabo Mondego, Penedo da Saudade, Cabo Carvoeiro, Berlenga, Cabo da Roca, Cabo Espichel, Sines, Cabo Sardão, Cabo de São Vicente, Ponta da Piedade, Ponta do Altar, Alfazina, Santa Maria e Vila Real de Santo António;
- Na Madeira, o Farol da Ponta do Pargo.
- Nos Açores, os Faróis de: Ferraria, Ponta do Cintrão, Arnel, Gonçalo Velho, Ponta da Garça, Contendas, Ponta da Barca, Ponta da Ilha, Ponta do Topo, Albarnaz e Lajes das Flores.
As visitas a faróis, tal como ocorria anteriormente, podem continuar a ter lugar fora das datas e horários agora definidos, carecendo no entanto de autorização prévia.
Farol do Cabo de São Vicente — Vila do Bispo
http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldoCabodeSVicente.aspx
http://www.faroisdeportugal.com/index.php/farois/farol-do-cabo-de-sao-vicente#.WSdTvWjyvIU
Ponta de Sagres
http://www.faroisdeportugal.com/index.php/farois/farol-de-sagres#.WSdU2GjyvIU
Farol da Ponta da Piedade — Lagos http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldaPontadaPiedade.aspx
Farol de Alfanzina — Cabo Carvoeiro http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldeAlfanzina.aspx
Farol de Santa Maria http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldeSMaria.aspx
Farol de Vila Real de Santo António
Ponta do Altar - Farol de Ferragudo http://www.amn.pt/DF/Paginas/FaroldaPontadoAltar.aspx
Fuzeta
Culatra
Farol do Cabo de São Vicente
ou de
D. Fernando
LOCALIZAÇÃO: Cabo de São Vicente - Edifício do Antigo Convento
FUNÇÃO: Costeiro
CONSTRUÇÃO: 1846
LATITUDE: 37º 01',45 N
LONGITUDE: 08º 59',71 W
ALTURA: 28 m
ALTITUDE: 86 m
ALCANCE: 32 MI (59 Km)
Cabo de São Vicente
Destaca-se pela sua importância geoestratégica e pelo facto de possuir um dos maiores aparelhos ópticos do mundo (e garantidamente o maior dos faróis portugueses). Para os mais entendidos aqui fica a descrição: um hiper-radiante, com 1.330 milímetros de distância focal. O alcance da luz que emite vai até às 32 milhas (cerca de 59 quilómetros).
O Farol do Cabo de São Vicente (foto da página 20) está edificado no ponto mais a sudoeste do continente europeu, o Cabo de São Vicente, em Sagres, e a sua activação data de 1846. Contudo, e segundo os registos dados a conhecer pela Direcção de Faróis, em 1520 já existia um pequeno farol, no convento construído naquele cabo.
A actual torre de 28 metros de altura está inserida na antiga fortaleza, uma construção do século XVI.
FUNÇÃO: Costeiro
CONSTRUÇÃO: 1846
LATITUDE: 37º 01',45 N
LONGITUDE: 08º 59',71 W
ALTURA: 28 m
ALTITUDE: 86 m
ALCANCE: 32 MI (59 Km)
Cabo de São Vicente
Destaca-se pela sua importância geoestratégica e pelo facto de possuir um dos maiores aparelhos ópticos do mundo (e garantidamente o maior dos faróis portugueses). Para os mais entendidos aqui fica a descrição: um hiper-radiante, com 1.330 milímetros de distância focal. O alcance da luz que emite vai até às 32 milhas (cerca de 59 quilómetros).
O Farol do Cabo de São Vicente (foto da página 20) está edificado no ponto mais a sudoeste do continente europeu, o Cabo de São Vicente, em Sagres, e a sua activação data de 1846. Contudo, e segundo os registos dados a conhecer pela Direcção de Faróis, em 1520 já existia um pequeno farol, no convento construído naquele cabo.
A actual torre de 28 metros de altura está inserida na antiga fortaleza, uma construção do século XVI.
Cronologia
1260, c. de - D. Afonso III terá fundado um hospital ou albergaria para os peregrinos que iam em romaria ao túmulo de São Vicente;
1279 - 1325 - D. Dinis transforma-o num convento conhecido por Convento do Corvo;
1367 - 1383 - D. Fernando dá a Vasco Lourenço, seu capelão-mor, as rendas, direitos e ofertas da capela e ermida de São Vicente do Cabo;
1387, 29 de Janeiro - D. João I faz idêntica doação ao seu capelão-mor, Martim Gonçalves;
1508, c. de - O Bispo de Silves, D. Fernando Coutinho, ergue a fortaleza que defendia o Cabo;
1514, 5 de Março - D. Manuel confirma certos herdamentos que o Bispo de Silves, fizera aos religiosos; 1516 - anteriormente ocupado por frades jerónimos passou ao cargo dos religiosos capuchos;
1520, 21 de Julho - D. Fernando Coutinho, Bispo do Algarve, doa-lhe outras propriedades com casas e cerca para o seu sustento, uma vez que nas imediações não existiam terras que pudessem ser cultivadas. Nesta data o convento já possuía o farol que os capuchos mandaram acender e uma fortaleza que o envolvia e defendia;
1520, 7 de Agosto - medidas confirmadas por D. Manuel;
1567 - o convento e a fortaleza são atacados e destruídos por Francis Drake, sendo os frades obrigados a abandoná-lo e a recolherem-se nos de Lagos e de Portimão;
1606 - os frades voltam a ocupar o convento e a fortaleza é reedificada;
1719 - danificada pelo terramoto;
1722 - danificada pelo terramoto;
1755 - o terramoto causa estragos significativos, sendo mais tarde mandado restaurar por D. Maria;
1834 - com a extinção das ordens religiosas desaparecem os restos do convento e da igreja por completo; 1835 - Ordenada a reconstrução por D. Maria II.
1846 - Inauguração do actual Farol de D. Fernando. (1)
1904, c. de - igreja e convento desapareceram, adaptados a instalações e dependências do Ministério da Marinha; ficou apenas o forte, ainda que danificado;
1914 - Instalação de sinal sonoro.
1969 - danos provocados pelo sismo;
(1) - D. Fernando II, segundo marido de D. Maria II e Príncipe Consorte de Portugal, após o nascimento do seu primeiro filho - futuro Rei D. Pedro V. (1836)
(1) - D. Fernando II, segundo marido de D. Maria II e Príncipe Consorte de Portugal, após o nascimento do seu primeiro filho - futuro Rei D. Pedro V. (1836)
Cabo de São Vicente primeira metade Séc XX - Os navios passavam a poucas centenas de metros
Navegação perigosa sobretudo se tivermos em conta a passagem de petroleiros próxima da linha de costa (Postal de 1906)
Navegação perigosa sobretudo se tivermos em conta a passagem de petroleiros próxima da linha de costa (Postal de 1906)
Decreto-Lei n.º 198/2006, de 19 de Outubro
Artigo 4.º
... rondagem do Cabo de São Vicente dos grandes petroleiros 15 milhas?
Ao pé de uma das Finisterras da Europa, conhecida na antiguidade como o fim do mundo habitado, o Cabo de São Vicente e Ponta de Sagres é o limite de uma região conhecida pelos romanos como Promontorium Sacrum.
A sua importância estratégica significativa é caracterizada por condições climáticas influênciadas pelo Atlântico e Mediterrânio, com uma grande variedade de solos. Estas características regionais particulares levaram à existência de flora exuberantes, com uma abundância de espécies nativas.
Uma das principais rotas de migração de aves para a Europa atravessa esta região, como um ponto de passagem entre os hemisférios norte e sul.
O ambiente físico do promontório, do ponto de vista natural com cerca de 70 metros de altura, enfrentando uma poderosa corrente marinha, onde o céu e o mar se juntam no horizonte, oferecem um convite tentador para a contemplação dos visitantes.
Neste território sagrado da pré-história, comprovados pela existência de um grande número de menires, os cristãos foram sempre dedicados a São Vicente.
Cabo de São Vicente - Séc. XXI - A Nascente a Ponta de Sagres
Para uma visita mais completa vá por aqui
Farol do Cabo de São Vicente
Para uma visita mais completa vá por aqui
Farol do Cabo de São Vicente
Localização dos Faróis do Cabo de São Vicente e do Cabo da Fortaleza de Sagres
Farol da Fortaleza de Sagres
O farol em 1894
O Farol da Fortaleza de Sagres foi inaugurada em 4 de Março de 1894 para solenizar o centenário do nascimento do Infante D. Henrique, a luz de resguardo da Ponta de Sagres começou logo desde o seu primeiro acendimento e pelo seu diminuto alcance a provocar justos reparos e reclamações da numerosa navegação que ali passava. Muito mais avançado para o sul e tendo menos trinta metros de altitude que o Cabo de São Vicente, não era com uma luz de três milhas de alcance luminoso que se devia ter assinalado o promontório de Sagres.
A luz é fixa vermelha, com um alcance de cinco milhas, utilizando um candeeiro a petróleo.
Em 28 de Novembro de 1906 o aparelho de luz foi substituído por outro de maior alcance. O aparelho é de luz fixa vermelha, de horizonte, com candeeiro de duas torcidas e 12 milhas de alcance luminoso.
Em 30 de Junho de 1923 começou a funcionar o novo farol de Sagres.
O edifício constava de uma torre quadrangular de alvenaria branca, com anexos de um só pavimento, para habitação de faroleiros e depósito de material. A torre media 5,5 metros de altura, desde o terreno até à aresta superior da cornija. A fonte luminosa é um candeeiro de nível constante. A rotação da óptica era produzida através de um mecanismo de relojoaria e o alcance luminoso é de 14 milhas.
A 1 de Abril de 1960 começou a funcionar o novo farol de Sagres (3.ª torre) tendo sido demolido o velho.
O farol foi electrificado e automatizado em Agosto de 1983, ficando a ser monitorizado a partir do farol de São Vicente, deixando de estar guarnecido de faroleiros.
LOCALIZAÇÃO: Na Ponta da Piedade
FUNÇÃO: Costeiro
ESTABELECIMENTO: 1913
LATITUDE: 37º 04',91 N
LONGITUDE: 08º 40',08 W
ALTURA: 5 M
ALTITUDE: 51 M
ALCANCE: 20 MILHAS
A construção do Farol da Ponta da Piedade não foi nada pacífico
O Plano Geral de Alumiamento e Balizagem aprovado em 1883, considerava já a instalação de uma luz de porto na Ponta da Piedade.
Despacho de 30 de Dezembro de 1911 da 1ª Repartição da Direção Geral dos Eclesiásticos, publicada no Diário do Governo nº 10 de 12 de janeiro de 1912, referia:
«Nos termos do artigo 90 do decreto com força de lei de 20 de Abril último, cedida com as suas dependências, ao Ministério da Marinha, a antiga e arruinada ermida de N.S. da Piedade, afim de ali ser construído um farol de rotação».
O processo continua a não ser pacífico pois a Junta da Paróquia de Santa Maria de Lagos era contra a demolição da ermida.
Tomada posse da ermida e adquirido o terreno anexo iniciou-se a construção do farol que entrou em funcionamento em 1 de Julho de 1913
A zona da Ponta da Piedade tem as mais altas falésias da costa Sul, oscilando entre os 50 e os 109 metros.
A ermida de Nossa Senhora da Piedade, na sua forma octogonal, não desmente ter sido um templo mourisco
Aproximadamente a 45 metros da ermida de Nossa Senhora da Piedade foi erguido o Farol, em 17 de Junho de 1913. Para que tal construção fosse possível, evitando obstáculos para a sua visão do lado do amar, houve que demolir a ermida, construção octangular tipicamente ao género de morabito que fora adaptada para templo cristão.
A ermida de Nossa Senhora da Piedade, na sua forma octogonal, não desmente ter sido um templo mourisco
Para completar a visita vá por aqui
LOCALIZAÇÃO: Na Ponta do Altar
FUNÇÃO: Costeiro
ESTABELECIMENTO: 1893
LATITUDE: 37º 06',42 N
LONGITUDE: 08º 31',09 W
ALTURA: 10 m
ALTITUDE: 32 m
ALCANCE: 16 MI (29,5KM)
O farol da Ponta do Altar foi inaugurado em 1 de Janeiro de 1893.
Está localizado na Ponta do Altar, ao sul da barra de Portimão mas fica na Freguesia de Ferragudo, Concelho de Lagoa
O farol foi automatizado em 1992 com sistema GISMAN, ficando na altura a ser telecontrolado a partir do farol do Cabo de S. Vicente.
Em 1999 fez-se uma grande intervenção de recuperação e remodelação de interiores voltando a ter somente uma residência.
Em 29 de Junho de 2001 a cor da luz foi alterada de vermelho para branca, com um alcance de 16 milhas.
Farol de Alfanzina - Lagoa - Carvoeiro
LOCALIZAÇÃO: No Cabo Carvoeiro, Concelho de Lagoa
FUNÇÃO: Costeiro
ESTABELECIMENTO: 1920
LATITUDE: 37º 05',28 N
LONGITUDE: 08º 26',47 W
ALTURA: 23 m
ALTITUDE: 63 m
ALCANCE: 29 MI (53,5 Km)
Entrou em funcionamento em 1 de Dezembro de 1920
Foi electrificado através de grupos electrogéneos em 1950, passando a ter como fonte luminosa uma lâmpada de incandescência eléctrica.
Em 1952 foi construída uma casa de habitação, fazendo-se o aproveitamento da casa do forno já existente, obra que se tornava urgente e indispensável visto estarem as famílias de dois faroleiros a habitarem a mesma residência.
Para completar a visita avance
Localização Torre de controlo do edifício da Marina
Estabelecimento - 1981
Altura da torre - 16 m
Estrutura - Torre laranja
Latitude - 37º04'.38
Longitude - 8º.07'.31
Alcance - 19 mulhas
O “FAROL DE VILAMOURA”, a que teimosamente, alguns chamam de “farolim”, situa-se na Marina de Vilamoura, na cidade da Quarteira, no concelho algarvio de Loulé.
É um farol moderno, cuja construção data do ano de 1981, tendo a altura de 16 metros, numa altitude de 18 e sendo o seu alcance luminoso de 19 milhas náuticas.
A luz encontra-se colocada numa estrutura com armação metálica, cor de laranja, no cume da torre de controlo de betão do próprio edifício da marina.
No ano de 2003 foi objecto de uma remodelação, passando a funcionar em regime de relâmpagos brancos e período de cinco segundos (luz de 0,2 e ocaso de 4,8 segundos).
A sua função resume-se à ajuda activa às embarcações que demandam a marina.
Farol de Santa Maria - Faro
FAROL DO CABO DE SANTA MARIA
Localização - Extremo sudoeste da ilha da Culatra, Olhão, Faro, Portugal. Em termos administrativos pertence à União de Freguesias de Faro; Sé e São Pedro
Função - costeiro
Posição - latitude 36º 58,55`N
longitude 7º 51,79`W
Ano de estabelecimento - 1851
Estrutura - torre branca com edifício anexo
Altura da torre - 46 metros
Altitude - 50 metros
Alcance luminoso - 25 milhas
Luz - branca
Sinal sonoro de nevoeiro - não
Foi com alguma dificuldade, que em 1851 Ipácio Vielle dirigiu as obras de construção do farol de Santa Maria, tendo em conta a sua localização, num cabeço de areia próximo da entrada dos portos de Faro e Olhão. Contudo foi este o primeiro farol, a possuir um aparelho dióptrico ou lenticular de Fresnel de 2ª ordem que lhe permitia ter um alcance médio de 15 milhas. (Séc. XIX)
Dada a sua situação geográfica, este farol foi desde sempre alvo de atenções e obras que pudessem assegurar a sua existência, já que a proximidade com o mar por várias vezes ameaçou a base da torre.
Para completar a visita veja o vídeo
Foi automatizado em 1989 com o sistema modelo D.F.
LOCALIZAÇÃO: Vila Real Santo António
FUNÇÃO: Costeiro
ESTABELECIMENTO: 1923
LATITUDE: – 37º 11',29 N
LONGITUDE: – 07º 24',89 W
ALTURA: 46 m O Plano Geral de Alumiamento da Costa de Portugal, datado de 1866, da autoria do capitão-de-fragata Francisco Maria Pereira da Silva, Inspector-geral de Faróis, previa já a instalação de um farol na margem direita do Guadiana, junto à foz.
A memória descritiva deste farol data de 1 de Abril de 1884, iniciando-se a sua construção em 1916.
Entrou em funcionamento em 23 de Janeiro de 1923. Foi-lhe instalado um aparelho lenticular de Fresnel de 3ª ordem, grande modelo (500mm distância focal), cuja rotação era produzida pela máquina de relojoaria e tinha como fonte luminosa a incandescência pelo vapor de petróleo.
Em 1927 foi electrificado através da montagem de grupo motor gerador, funcionando a petróleo. A fonte luminosa passou a ser uma lâmpada de 3000 watts.
Foi ligado à rede eléctrica de distribuição pública em 1947. Na rotação do aparelho a máquina de relojoaria deu lugar aos motores eléctricos.
Em 1957 foi-lhe instalado um elevador para acesso à torre, tendo em 1960 sido substituídos os geradores de corrente contínua por alternadores.
Em 1983 a potência da lâmpada foi reduzida para 1000 watts.
Foi automatizado em 1989 com o sistema modelo D.F.
ALTITUDE: 52 m
ALCANCE: 26 MI (48Km)
Farol de VRSA -- gravura antiga
Para ver mais
Farol de Vila Real de Santo António
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Farolins da Costa Algarvia
Vídeo Faróis de Portugal
CURIOSIDADES
FARÓIS DE PORTUGAL
Faróis Portugueses - 50
Farolins - 338
Farol da Barra - AVEIRO
Séc. XIX (1885-1893)
altura 62 metros (o mais alto de Portugal)
altitude 66 m
FAROL DA BERLENGA
Séc. XIX (1842)
altura 29 m
altitude 121 m
FAROL CABO MONDEGO
Séc. XIX 1858
altura 15 m
altitude - 98 m
FAROL DO PENEDO DA SAUDADE
Séc. XX 1912
altura 32 m
altitude 55m
FAROL DA PONTA DE SÃO LOURENÇO
Séc. XIX 1870
altura 10 m
altitude 103 m
LENDA DO FAROL DO PENEDO DA SAUDADE
Os marqueses de Vila Real foram donos de Moher, hoje denominado São Pedro de Moel (…). O Duque de Caminha, D. Miguel Luís de Menezes, filho do Marquês de Vila Real, vivia feliz em Moher com a sua jovem esposa, a Duquesa D. Juliana Máxima de Faro, filha dos Condes de Faro. Num dos seus passeios a cavalo, nas arribas junto ao mar, pararam os dois sobre o promontório. Como estavam muito enamorados, ali fizeram as suas juras de amor eterno e expressaram o seu carinho.
Naquele local, misturadas com o mato nasciam pequenas e belas flores cor-de-rosa, eram tão raras que só se encontravam naquele sítio, e o duque gostava de oferecer raminhos destas flores à sua esposa. (…) Para eles este sítio era maravilhoso, um verdadeiro paraíso. Tiveram de regressar a Lisboa.
“Tinha-se dado a Restauração de Portugal e era nosso rei D. João IV. O título de duque de Caminha tinha sido dado a D. Miguel pelo Rei Filipe II e D. João IV tinha-lho confirmado em 1641. O pai do duque, o marquês de Vila Real, a quem o rei D. João IV tinha (…) concedido o lugar de Conselheiro de Estado, não estava satisfeito e começou, junto com outros, a conspirar contra o rei. Fez então uma reunião (…) e pediu ao filho que estivesse presente. O filho participou nesta reunião para dissuadir o pai das intenções que este tinha contra o rei.
No dia seguinte, o rei já sabia de tudo e mandou prender todos os participantes nessa reunião. A duquesa bem pediu ao rei que perdoasse o seu marido, mas este não lhe concedeu o perdão. Foi-lhe sentenciada (…) a morte.
No dia a seguir à execução do duque, a duquesa veio para a praia de Moher, pois só ali podia recordar os mais belos momentos da sua vida. Decidiu nesse momento, ir passear para aquele penedo sempre que o tempo lho permitisse. Ali estavam em seu redor as belas flores rosas e perfumadas que o seu amado lhe oferecia.
A estas flores a duquesa deu o nome de Saudades, e ao local o nome de Penedo da Saudade.”
(in Cheiros e Sabores das Nossas Terras – Projeto 4 cidades).
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